quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Seawind crown

O “Infante Dom Henrique” , construído pelos estaleiros “J. Cockerill Ship-building Ltd ”, em Hoboken, na Bélgica, foi último dos grandes paquetes portugueses a ser construído.  A 1ª prestação de 31.076.695$00 (155.010,00 euros)  foi paga no acto da celebração do contracto de construção, em Lisboa a 18 de Julho de 1957.
                          Lançamento á água, nos estaleiros “J. Cockerill Ship-building Ltd ”,, em 1960
                               
Lançado à água em 29 de Abril de 1960,começou a navegar em 7 de Fevereiro de 1961.
                                                                  Provas de mar, em 1961
                             
                             
Características:
Tonelagem de arqueação (t.a.b.): 24.000 t
Propulsão: dois grupos de turbinas a vapor, Westinghouse , com uma potência total de 22.000 SHP

Veios de hélices: 2
Comprimento: 195,50 m
Boca (largura): 24,50 m
Velocidade máxima: 21 nós
Passageiros: 1018 assim distribuídos:
1ª Classe -   156
Turística A - 384
Turística B - 478

Tripulação: 318 elementos
Por cada dia de navegação o “Infante Dom Henrique” consumia 150 toneladas de fuel e 200 toneladas de água.
Além de quatro grandes salões e bares, o “Infante Dom Henrique” dispunha de dois restaurantes, biblioteca, sala de leitura, sala de escrita e duas salas para crianças, cabeleireiro, hospital e duas capelas, cujos altares foram fabricados com pedra do promontório de Sagres.
                                      Lobby                                                      Átrio da 1ª classe, com a estátua do Infante
 
                               Bar da 1ª classe                                                                     Camarote
 
                 Sala de Jantar da 1ª classe                                   Salão de música e festas da classe turística                 
                                                                
fotos in: Blogue dos Navios e do Mar                                 
No ano de 1964 a frota da C.C.N. estava quase que completamente devotada às linhas de África. O "Infante Dom Henrique" saía de Lisboa para o Funchal, Luanda, Lobito, Cape Town, Lourenço Marques, Beira, tocando os mesmos portos no percurso de regresso à Metrópole. O "Império" e o "Pátria" cumpriam um mesmo itinerário: Lisboa, Funchal, São Tomé, Luanda, Lobito, Moçâmedes, Cape Town, Lourenço Marques, Beira, Moçambique, Nacala (por vezes) e Porto Amélia. Já o "Uíge" percorria apenas a costa ocidental de África: partindo de Leixões, aportava em Lisboa, Las Palmas (Canárias), São Tomé (por vezes), Cabinda, Luanda, Lobito, Moçâmedes. No regresso o "Uíge" escalava, ainda, o Funchal. Já os navios cargueiros da Colonial - "Lobito", "Luanda", "Ganda", "Amboim", "Benguela" e "Lugela" - demandavam nesse ano de 1964 todos os portos das colónias portuguesas em África, de acordo com as necessidades e demandas de fretagem.
                                   Bilhete de Passagem do “Infante Dom Henrique”, em 1966
                                

Depois de ficar ao abandono durante anos no porto de Sines, passa a ser propriedade do Gabinete da Área de Sines servindo de alojamento a trabalhadores entre 1977 e 1986 ....
                                                          “Infante Dom Henrique” em Sines 
                              

Adquirido pelo armador grego George Potamianos, foi alvo duma profunda reconstrução e remodelação orçada em 50 milhões de dólares efectuada no porto de Pireu na Grécia. Como em Sines lhe tinham retirado os hélices, o “Infante Dom Henrique”  teve de ser rebocado para Lisboa onde chegou em Fevereiro de 1988, e posteriormente em Março do mesmo ano  rebocado de novo, desta vez para a Grécia.
                                             Reconstrução do “Infante Dom Henrique” na Grécia
                            
                                        Já reconstruído e mudado o nome para “Vasco da Gama” 
                             

Regressou ao serviço como navio de cruzeiros tendo sido fretado pelo gigante operador turístico alemão ocidental, “Neckermann Reisen,” começando os seus cruzeiros a partir do porto de Bremerhaven, na Alemanha. Quando da sua escala em Lisboa, em 5 de Dezembro de 1988, sofreu um incêndio na casa das máquinas o que obrigou a ser rebocada até aos estaleiros em Bremerhaven, tendo chegado a 17 de Dezembro.
Depois de reparado partiu para uma volta ao Mundo a 7 de Janeiro de 1988., uma volta ao mundo e centenas de viagens nas Caraíbas, o navio foi vendido à companhia “Cruise Holdings”, das Bermudas, em 1995, passando a chamar-se “Seawind Crown”. 

                                                                             "Seawind Crown"  
                             

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